TRF1 decide que bloqueio de ativos financeiros em execução fiscal somente pode ser realizado após citação
Penhora preferencial, via eletrônica, de dinheiro depositado em conta corrente. É inadmissível o bloqueio de ativos financeiros dos devedores em execução fiscal antes da citação.
Esse foi o entendimento da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que deu provimento ao agravo de instrumento dos executados.
De acordo com o relator do caso, juiz federal convocado José Airton de Aguiar Portela, “apenas quando o executado for validamente citado e não pagar nem nomear bens à penhora é que poderá ter seus ativos financeiros bloqueados por meio do sistema BacenJud sob pena de violação ao princípio do devido processo legal”.
Ainda segundo o magistrado, depois da citação o devedor terá o prazo de cinco dias para pagar ou garantir a execução e o comparecimento espontâneo dos devedores supre a citação, mas o bloqueio é anterior.
Dessa maneira, o Colegiado decidiu pelo desbloqueio dos ativos financeiros dos executados.
A decisão foi unânime.
Processo nº: 0046912-94.2017.4.01.0000/AM
Fonte: TRF1 | acesso em 24/01.
Mais informações: reginaldo.santos@correiadasilva.com.br
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Sócio
Núcleo de Direito Consultivo e Contencioso Tributário
Categoria: CONSULTIVO E CONTENCIOSO ECONÔMICO, Reginaldo Angelo dos Santos, TRIBUTÁRIO
Tags: bancenjud, correia dasilva advogados, csa, necessidadedecitacao, penhoraeletronicaPostado em: 30/01/2020