Atenções Divididas
Nessa semana, o governo continua em atenção por conta da crise na segurança pública do país. As rebeliões e fugas nas penitenciárias de Natal, Curitiba e Ibirité (grande Belo Horizonte) e o número divulgado de policiais mortos no Rio de Janeiro (cerca de 1 por dia em 2016; e 11 nos 15 primeiros dias deste ano) elevou a pressão no Planalto para a criação de novas frentes de atuação.
Nessa semana, o governo continua em atenção por conta da crise na segurança pública do país. As rebeliões e fugas nas penitenciárias de Natal, Curitiba e Ibirité (grande Belo Horizonte) e o número divulgado de policiais mortos no Rio de Janeiro (cerca de 1 por dia em 2016; e 11 nos 15 primeiros dias deste ano) elevou a pressão no Planalto para a criação de novas frentes de atuação.
O Presidente Michel Temer e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deverão, ainda no começo da semana, bater o martelo sobre novas medidas para o cenário. A intenção é que na terça (17) e quarta-feira (18), quando o Presidente se reúne com Governadores e Secretários estaduais para a discussão do assunto, haja uma agenda positiva a ser apresentada.
Apesar da tática, o governo também deverá buscar partilhar a responsabilidade com os governos Estaduais para tirar a crise do Executivo Federal já que, para o Planalto, a crise no sistema prisional parece estar longe do fim.
Mesmo com as atenções voltadas para a segurança pública, o governo também deverá acompanhar atento ao desenvolvimento das investigações da Polícia Federal às fraudes na Caixa Econômica Federal, que envolvem o ex-Ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), entre 2011 e 2013, quando ele ocupava cargo no banco.
Com a sua demissão da Secretaria, após denúncias do ex-Ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusando-o de tê-lo pressionado para liberar uma obra no centro histórico de Salvador, Geddel perdeu a foro privilegiado e agora preocupa o governo por estar mais próximo da fila de delações premiadas. Geddel é um antigo aliado de Temer.
Com início na terça-feira, dia 17, outro destaque para essa semana é o Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, que promete ser a maior reunião de todos os tempos, já que estão cadastrados mais de 3 mil participantes, quando estarão presentes mais de 50 chefes de Estado, com o objetivo de tratar de temas de interesse global, como o crescimento econômico.
O evento que vai até dia 20 de janeiro não contará com a presença do Presidente Michel Temer, uma vez que deve ficar no país para acompanhar o clima político e o período que antecederá as eleições da Câmara e do Senado, que ocorrerão em duas semanas.
Em Davos, Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, deve representar o Presidente Temer. Também fazem parte da comitiva o presidente do Banco central, Ilan Goldfajn, e os Ministros da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira; e de Energia, Fernando Coelho Filho e reverberar a boa notícia do corte da taxa básica de juros pelo Copom e sua sustentação pela PEC da limitação de gastos públicos e encaminhamento das reformas previdenciária e trabalhista.
De acordo com o Ministério da Fazenda, Meirelles deverá fazer uma apresentação sobre as perspectivas de crescimento do Brasil em 2017 e nos próximos anos, acenando para uma retomada do crescimento no país, Meirelles vem se manifestando no sentido de que o pior da crise passou e que as medidas estruturais adotadas somado ao corte sustentado da taxa de juros trará novos ares para a economia embora a taxa de emprego ainda vá demorar para refletir uma mudança de tendência.
Aguardamos ansiosamente a regulamentação do programa de regularização fiscal apresentado por Medida Provisória e seu debate no Congresso Nacional.
O cenário no Congresso Nacional para as eleições da Presidência da Câmara e do Senado Federal permanece o mesmo. No Senado, a eleição de Eunício Oliveira (PMDB/CE) é dada como certa pelos Senadores. O peemedebista deverá contar até mesmo com o apoio do PT para que o partido não fique sem cargos na Mesa Diretora da Casa.
Na Câmara dos Deputados, a reeleição de Rodrigo Maia (DEM/RJ) é dada como o caminho mais provável para o início de fevereiro. Frente a seus adversários, Rogério Rosso (PSD/DF) e Jovair Arantes (PTB/GO), Maia mantem a preferência do Palácio do Planalto, PSDB e deve fechar com o PSD, possivelmente contando com apoio também de partidos da oposição. Na Câmara o PT também deverá ser cauteloso já que em 2015 preferiu lançar candidatura própria e perdeu para o ex-Deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o que deixou o partido afastado do centro das decisões na Casa.
Outro destaque para essa semana é a posse de Donaldo Trump como Presidente dos Estados Unidos, na próxima sexta-feira, dia 20. O evento não deverá alterar a rotina política do Brasil já que, tradicionalmente, Presidentes brasileiros não participam da cerimônia e infelizmente as exportações para os EUA têm baixa densidade.
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