Delação premiada, combustível para reeleição
Em debate a instalação da CPI das delações premiadas.
O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, costurou acordo com a oposição para permitir a instalação da CPI das delações premiadas, para tanto, foi apresentado o RCP – Requerimento de Instituição de CPI – n.º 43/2018, assinado por 190 (cento e noventa) parlamentares da base e da oposição, tal requerimento tem a “finalidade de investigar denúncias de irregularidades feitas contra Antônio Figueiredo Basto, inclusive envolvendo escritórios de advocacia, ocorridas no âmbito da Operação Lava Jato”.
O ponto central de discussão entre os opositores da criação desta CPI é o ataque à operação Lava Jato, uma vez que o regimento interno da Câmara dos Deputados afirma, em seu art. 35, a necessidade de informar “fato determinado”, no entanto, o requerimento amplia os poderes de investigação da CPI quando afirma que “o objeto da CPI deverá estender-se, por conexão, para ocorrência de irregularidades em sede de outras investigações”. Os defensores da CPI, por sua vez, ressaltam a necessidade da instalação da CPI tendo como fato gerador a cobrança de US$50 mil por advogados e escritórios de advocacia, em especial, pelos Srs. Antônio Figueiredo Basto e Luiz Gustavo Rodrigues Flores, como taxa de proteção para não serem delatados.
Dito isto, mais uma semana de humores alterados se descortina na Câmara dos Deputados, uns apoiando a “investigação” sobre a “taxa de proteção” cobrada por advogados para que não sejam delatados; outros afirmando a necessidade de readequar a redação do requerimento da CPI para investigar fato determinado e não fato genérico. Enfim, surge mais um palco político em ano de eleição e mais uma pauta para os candidatos se digladiarem na ágora[2] brasileira em favor da sua reeleição.
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