Brasil sobe no ranking e é o quarto principal destino de investimentos no mundo em 2019
Segundo relatório divulgado ontem 20 de janeiro de 2020, pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil recebeu US$ 75 bilhões em investimentos externos no ano passado, contra US$ 60 bilhões em 2018. Resultado este, que representa um crescimento da ordem de 26% (vinte e seis porcento).
Ainda de acordo com o relatório foi a implantação do programa de privatização de empresas federais, que impulsionou o Brasil a subir da sexta para a quarta posição entre os principais destinos de investimentos estrangeiros no mundo em 2019.
Os três primeiros lugares do ranking de destino de investimentos ficaram com os Estados Unidos, com US$ 251 bilhões no ano passado; a China, com US$ 140 bilhões, e Cingapura, com US$ 110 bilhões conforme gráfico extraído do relatório que apresentamos abaixo¹:
FDI inflows: top 10 host economies, 2018 and 2019*
(Billions of US dollars)
Source: UNCTAD (* Preliminary estimates)
Ainda de acordo com o relatório, parte da alta dos investimentos externos no Brasil se concentrou na venda de subsidiárias de estatais e de participações acionárias do governo em empresas privadas. A primeira dessas privatizações envolveu uma companhia de distribuição de gás que pertencia à Petrobras – Transportadora Associada de Gás – comprada por um consórcio de investidores liderado pela francesa ENGIE por quase US$ 8,7 bilhões.
Na contramão do Brasil, o resultado mundial do investimento estrangeiro direto, ou IDE, caiu para US$ 1,39 trilhão, contra US$ 1,41 trilhão de 2018. A queda de 1% coloca o IDE global em seu nível mais baixo desde 2010, sinalizando um esfriamento, de acordo com a Unctad.
Nos Estados Unidos, houve uma leve queda de US$ 254 bilhões em 2018 para US$ 251 bilhões em 2019. Na Europa, a queda foi de 15%. No Reino Unido, especificamente, com as indecisões sobre o Brexit, a queda foi de 6%.
Para 2020, o relatório diz que o país deverá continuar a receber investimentos externos por causa da continuidade do programa de privatizações. “Em 2020, os desinvestimentos em subsidiárias de companhias estatais deverão ganhar força; a privatização de grandes companhias como a Eletrobras, a maior empresa elétrica da América Latina, e da Telebras devem provavelmente atrair muito mais investimentos estrangeiros diretos”, acrescenta o documento.
O resultado divulgado foi comemorado pelo Governo Bolsonaro. Em seu perfil no Twitter, o chefe do Executivo destacou que o mundo está confiando novamente no Brasil.
¹ Disponível em: https://unctad.org/en/pages/newsdetails.aspx?OriginalVersionID=2274
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Núcleo de Direito Consultivo e Contencioso Tributário
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