Um escândalo é pouco para Brasília
Nos últimos dias, a população brasileira assiste estupefata às denúncias de corrupção na política do país.
Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ) volta à Presidênncia da Casa, que com a falta de consenso em inúmeras matérias não tem as deliberado, um exemplo é a Reforma da Previdência, que já é considerada enterrada, por falta de apoiadores (mÃnimo de 308 votos na Câmara); além da Reforma Política.
Contudo, essa semana segue com os mesmos temas a serem deliberados nas últimas semanas: a proposta de reforma política mais branda – PEC 282/2016 – que proíbem as coligações nas eleições proporcionais (deputados e vereadores) já a partir das eleições de 2018 e cria uma cláusula de desempenho para as legendas; além da Medida Provisória (MP 783/2017) que permite o parcelamento de dívidas com a União, tanto de pessoas físicas quanto pessoas jurídicas (Refis).
Já a Reforma Política que estabelece o “distritão”? para as eleições de 2018 e 2020 e o “distrital misto” a partir de 2022; além da criação de um fundo bancado com recursos públicos para financiar campanhas (PEC 77/2003) está no rol de projetos sem consenso dos parlamentares, mas que consta na pauta do Plenário da Câmara para deliberação.
Dentre as comissões, ressaltamos a reunião de trabalho interna da Comissão Especial do Código Comercial (PL 1572/2011) para análise do texto do relator Deputado Paes Landim (PTB/PI) nesta quarta-feira, dia 13. Espera-se para essa semana, a apresentação do relatório pelo Deputado Rogério Marinho (PSDB/RN) dos trabalhos da Comissão Especial dos Planos de Saúde (PL 7419/2006).
No Plenário do Senado não consta nenhuma matéria de grande relevância midiática, sendo que podem ser deliberados alguns acordos e tratados internacionais, e ainda projeto que institui procedimento para recomposição de débitos de crédito rural (PLS 354/2001).
No entanto, o foco no Senado estará na reunião em que se designará relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS que investigará irregularidades envolvendo a empresa JBS em operações realizadas com o BNDES, ocorridas entre os anos de 2007 e 2016. Na reunião desta terça-feira, dia 12, devem ser deliberados também requerimentos de convocação para depoimento do executivo Joesley Batista, do Procurador-Geral da república Rodrigo Janot, do Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, dentre outros.
Outras CPIs em funcionamento no Senado também se reunirão essa semana: do BNDES na terça-feira com audiência pública com o Superintendente de Relações com Empresas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Sr. Fernando Soares Vieira; e da Previdência que se reunirá na quinta-feira na Assembléia Legislativa de São Paulo em audiência com representantes da Associação dos Juízes Federais do Brasil, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Associação Paulista do Ministério Público, da Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) e da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional).
Destaque também para a Subcomissão Especial sobre Doenças Raras que discutirá seu plano de trabalho nesta terça-feira, dia 12.
Por fim, estão agendadas até o momento reuniões das comissões que analisam algumas das medidas provisórias editadas como: MP 779/2017, que flexibiliza pagamento de outorgas de aeroportos; MP 782/2017, que dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência; MP 785/2017, que reformula o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies); MP 789/2017, que altera legislação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM; MP 790/2017, que amplia o tempo de pesquisa e exige responsabilidade ambiental do minerador; MP 791/2017, que criou a Agência Nacional de Mineração – ANM; e MP 793/2017, que permite renegociação de passivos do Funrural.
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Categoria: RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS, Rodrigo Alberto Correia da Silva
Tags: brasilia, correia dasilva advogados, corrupção, csa, relacoes governamentaisPostado em: 11/09/2017